Dirigindo para a UFSM meus pensamentos me levaram a constatar que esse meu gosto e prazer pelo trabalho é uma herança de meus pais. Ambos sempre acordaram cedo (muito cedo!) e trabalharam, muitas vezes, sábados, domingos, feriados. Ás vezes, sem tempo até para comer.
Eu gosto do meu trabalho. Gosto do que faço. Tenho prazer em vir para cá, escrever meus artigos, elaborar aulas... A C. diz que logo vou entrar no ritmo dos outros funcionários públicos... mas não concordo. Sinto que posso fazer algo para as pessoas, para o mundo. A vida não gira em torno do meu umbigo.
Isso é minha hereditariedade, a herança de meus pais. Lavorar!
Às vezes, me pego com sentimento de culpa, por não estar mais brincando com a J. o dia inteiro, ou estar voltando minha ateção principalmente para ela. Mas aí, me dou conta de que fiz minha parte e bem-feita. Colocoquei meu trabalho em "repouso" durante os primeiros anos da vida dela - que são os mais importantes para a construção da auto-estima. Brinquei muito com ela: de Barbie, de Polly, de casinha, de mamãe e filhinha, de montar quebra-cabeça. Li. Li muitos livros para ela. Cantamos juntas. Nos divertimos.
Não foi fácil. Pois além de ser mãe integralmente, cuidei literalmente da casa, escrevi minha tese, escrevi capítulos de livro, participei de grupo de pesquisa... Embora hoje eu pague um preço profissional por essa minha escolha de vida, em nenhum momento me sento arrependida desse "stand by" profissional.
Agora, se faz necessário que ela aprenda a (con)viver com ela mesma, a lidar com a solidão, a curtir-se a si mesma ainda que sozinha. Isso faz parte do desenvolvmento sadio.
Outro dia, ela me disse:
- Mamãe, quando eu tiver minha filha eu vou trabalhar em casa.
- Por quê?
- Como tu fez mamãe. Os nenês precisam das mamães em casa.
Aí, minha a culpa vai embora e sucede um sentimento de "missão cumprida". Se muitas pessoas não viam minha maternidade como um "trabalho", pelo menos minha filha reconhece assim.
A missão continua, mas de um outro modo. Continua em dar o exemplo. Assim como os meus pais me derem. De mostrar que trabalhar é importante para sermos felizes.
Um dia, quem sabe, ela vai olhar para trás e também perceber que o prazer pelo trabalho é hereditário.
Eu gosto do meu trabalho. Gosto do que faço. Tenho prazer em vir para cá, escrever meus artigos, elaborar aulas... A C. diz que logo vou entrar no ritmo dos outros funcionários públicos... mas não concordo. Sinto que posso fazer algo para as pessoas, para o mundo. A vida não gira em torno do meu umbigo.
Isso é minha hereditariedade, a herança de meus pais. Lavorar!
Às vezes, me pego com sentimento de culpa, por não estar mais brincando com a J. o dia inteiro, ou estar voltando minha ateção principalmente para ela. Mas aí, me dou conta de que fiz minha parte e bem-feita. Colocoquei meu trabalho em "repouso" durante os primeiros anos da vida dela - que são os mais importantes para a construção da auto-estima. Brinquei muito com ela: de Barbie, de Polly, de casinha, de mamãe e filhinha, de montar quebra-cabeça. Li. Li muitos livros para ela. Cantamos juntas. Nos divertimos.
Não foi fácil. Pois além de ser mãe integralmente, cuidei literalmente da casa, escrevi minha tese, escrevi capítulos de livro, participei de grupo de pesquisa... Embora hoje eu pague um preço profissional por essa minha escolha de vida, em nenhum momento me sento arrependida desse "stand by" profissional.
Agora, se faz necessário que ela aprenda a (con)viver com ela mesma, a lidar com a solidão, a curtir-se a si mesma ainda que sozinha. Isso faz parte do desenvolvmento sadio.
Outro dia, ela me disse:
- Mamãe, quando eu tiver minha filha eu vou trabalhar em casa.
- Por quê?
- Como tu fez mamãe. Os nenês precisam das mamães em casa.
Aí, minha a culpa vai embora e sucede um sentimento de "missão cumprida". Se muitas pessoas não viam minha maternidade como um "trabalho", pelo menos minha filha reconhece assim.
A missão continua, mas de um outro modo. Continua em dar o exemplo. Assim como os meus pais me derem. De mostrar que trabalhar é importante para sermos felizes.
Um dia, quem sabe, ela vai olhar para trás e também perceber que o prazer pelo trabalho é hereditário.
Comments
Post a Comment
Obrigada. Por um mundo mais solidário!