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DIA DAS MULHERES - Entrevista ao CCSH


Entrevista realizada em 2012:

O que o CCSH representa na sua vida profissional?
Um espaço que ainda estou conhecendo... aprendendo sobre o funcionamento da máquina pública, sofrendo com as “burocracias”...
Um centro onde  pessoas sérias e competentes trabalham (na maioria das vezes de modo desarticulado), onde estou fazendo amigos e amigas muito legais.
Um ambiente onde encontro alunos que todos os dias me ensinam que vale à pena lutar por uma academia mais crítica, mas propositiva... .
Para você, qual a importância da figura feminina na Universidade Federal de Santa Maria?
Uma universidade é sempre um campo em movimento, em constante luta entre o instituído e a inovação,  e, enquanto tal, possibilita às mulheres resistirem às injustiças e a criarem ideias e ações libertadoras.
Não há, por ora, incentivos globais da UFSM para o desenvolvimento de ações que tenham a perspectiva de gênero como norte, no entanto, o modo como a UFSM está organizada, estruturada e seus princípios possibilita que sejamos proativas para planejar projetos, programas e ações que visem uma maior qualidade de vida às mulheres de comunidades internas e externas à instituição. Basta querer, tentar e se unir umas as outras. E aos outros também!
Destaque uma  personalidade feminina que, para você,  possui um papel fundamental na sociedade brasileira.
Maria da Penha Maia Fernandes – Em 2001, conseguiu que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenasse o Brasil por negligência e omissão pela demora na punição do marido agressor. Em 2006, a Lei 11.340, conhecida como a Lei Maria da Penha, foi sancionada, estabelecendo mecanismos legais para coibir a violência familiar contra a mulher. Hoje, Maria é colaboradora de honra da Coordenadoria de Mulher da Prefeitura de Fortaleza.
Por que celebrar o dia da mulher?
E por que não?
SE as mulheres:
·       São mais da metade da população e do eleitorado,
·       Têm maior nível de escolaridade; e
·       Representam quase a metade (50%) da população economicamente ativa do país.

PORÉM, as mulheres:
·       Não chegam a 20% nos cargos de maior nível hierárquico no Parlamento, nos Governos Municipais e Estaduais, nas Secretarias do Primeiro Escalão do Poder Executivo, no Judiciário, nos Sindicatos e nas Reitorias;
·       Ocupam 20% das chefias nas empresas privadas;

Celebrar não significa apenas festa, bater palmas... celebrar (do Latim comemorare) relaciona-se ao verbo memorare, que quer dizer trazer um fato à memória”. Assim, neste dia, ao celebrarmos, trazemos à memória todas as injustiça s que as mulheres vêm sofrendo ao longo da história, todas os fatos sócio-culturais que dificultam a autonomia e a presença das mulheres nas decisões cruciais à vida da comunidade.
Enfim, celebrar o Dia Internacional da Mulher é partilhar no coletivo, no âmbito público, que queremos, desejamos e precisamos de um mundo melhor, recheado de relações justas, pois  sem estas a humanidade toda perde - homens e mulheres.

Deixe uma mensagem para as mulheres do CCSH:
Juntem-se à campanha “Mais Mulheres no Poder: Eu assumo este compromisso!” [Acesse o site da Secretaria de Políticas para Mulheres, http://www.sepm.gov.br/ ], pois  “Se não posso mudar o mundo, sempre posso mudar esse pedaço de mundo que sou eu mesmo. E aí pode se encontrar a semente de uma grande mudança” (Leonardo Boff). Não se acomodem. MOVIMENTEM-SE.
                                                                                                                                    Adriane Roso

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