Talvez sejam bons indicadores... não tenho certeza, mas me parece que eles nos dizem que as pessoas estão satisfeitas com suas escolhas... ou são teimosas e não desistem, mesmo não estando satisfeita. Avalie e nos dêem um retorno!
Lembro-me de quando fui escolher que curso fazer. Quis Física... naquele ano não saiu vestibular, pois havia só dois inscritos, eu e mais alguém (queria saber quem era essa pessoa e o que faz hoje). Por que queria Física? Queria ser astronauta. E também gostava do Seu Sporket, meu professor de Física no Sinodal.
Então, fui para o plano B. Medicina. Até acho que esse era meu plano A, mas tinha algo que não me impulsionava para essa direção. Queria Medicina para ser psiquiatra. E ai, pensar em abrir pessoas para depois "chegar" à mente, não me motivou nadinha. Marquei letra A para todas as questões na UCS e na PUCRS cheguei atrasada.
O que fazer então? Psicologia. O mais perto da psiquiatria. Passei no vestibular e lá me toquei eu. NADA conhecia de Psicologia. A Psico não era popular naquela época, acho eu. Eram mais ou menos uns 7 ou 10 por vaga apenas, não lembro bem.
Daí, fiz "orientação vocacional" com o padre Maroco. Foi logo me dizendo: "Nem pense duas vezes. Você tem tudo para ser uma ótima psicóloga". Confesso que ri por dentro. Não levei a sério. Aquele teste não podia ser sério. Mas acho que o homem era sábio. Não sei se me tornei uma ótima psicóloga, mas me encantei pela psicologia. E sabe quem me encantou? O Freud. Seus escritos. Que não tinham aquele caráter duro, formal, chato. Conheci Freud pelo Professor Veiga. Aliás, meu orientador de TCC. Comprei toda a coleção logo de início. Obrigada, minha mãe por sempre ter financiado meus livros.
Li todos tantas vezes. Adorei. Me inquietei. Detestei Freud. Amei Freud. Detestei de novo. Hoje estou em paz com ele.
Cá estou, então. Psicóloga e professora de Psicologia.
Então, se alguém pensa que todos nascem sabendo que curso fazer, ledo engano. Somos mutantes, e mais mutantes ainda quando jovens. Depois vamos endurecendo... aí é preciso inventar coisas, inventar-se na sua profissão. Ainda leio Freud. Tá na minha cabeceira. Mas graças a outras professoras, também conheci autoras feministas, e tantos outros autores diversos e coloridos que falam de ideologia, de cultura material, de psicologia social crítica, de representações sociais, de poesia, de culinária, de cinema...
Ah, se não fossem essas nuances! Seja qual for o curso, em qualquer curso, podemos pintá-los das cores do arco-íris.
Os indicadores da Psico podem mostrar que os jovens estão mais seguros pela Psico... ou podem mostrar que não ousam arriscar-se... ou podem indicar que são só números, nada mais que isso. Que estão todos psicólogos mas bebendo do pote de ouro no final dos arco-íris que se espalham por aí.
Lembro-me de quando fui escolher que curso fazer. Quis Física... naquele ano não saiu vestibular, pois havia só dois inscritos, eu e mais alguém (queria saber quem era essa pessoa e o que faz hoje). Por que queria Física? Queria ser astronauta. E também gostava do Seu Sporket, meu professor de Física no Sinodal.
Então, fui para o plano B. Medicina. Até acho que esse era meu plano A, mas tinha algo que não me impulsionava para essa direção. Queria Medicina para ser psiquiatra. E ai, pensar em abrir pessoas para depois "chegar" à mente, não me motivou nadinha. Marquei letra A para todas as questões na UCS e na PUCRS cheguei atrasada.
O que fazer então? Psicologia. O mais perto da psiquiatria. Passei no vestibular e lá me toquei eu. NADA conhecia de Psicologia. A Psico não era popular naquela época, acho eu. Eram mais ou menos uns 7 ou 10 por vaga apenas, não lembro bem.
Daí, fiz "orientação vocacional" com o padre Maroco. Foi logo me dizendo: "Nem pense duas vezes. Você tem tudo para ser uma ótima psicóloga". Confesso que ri por dentro. Não levei a sério. Aquele teste não podia ser sério. Mas acho que o homem era sábio. Não sei se me tornei uma ótima psicóloga, mas me encantei pela psicologia. E sabe quem me encantou? O Freud. Seus escritos. Que não tinham aquele caráter duro, formal, chato. Conheci Freud pelo Professor Veiga. Aliás, meu orientador de TCC. Comprei toda a coleção logo de início. Obrigada, minha mãe por sempre ter financiado meus livros.
Li todos tantas vezes. Adorei. Me inquietei. Detestei Freud. Amei Freud. Detestei de novo. Hoje estou em paz com ele.
Cá estou, então. Psicóloga e professora de Psicologia.
Então, se alguém pensa que todos nascem sabendo que curso fazer, ledo engano. Somos mutantes, e mais mutantes ainda quando jovens. Depois vamos endurecendo... aí é preciso inventar coisas, inventar-se na sua profissão. Ainda leio Freud. Tá na minha cabeceira. Mas graças a outras professoras, também conheci autoras feministas, e tantos outros autores diversos e coloridos que falam de ideologia, de cultura material, de psicologia social crítica, de representações sociais, de poesia, de culinária, de cinema...
Ah, se não fossem essas nuances! Seja qual for o curso, em qualquer curso, podemos pintá-los das cores do arco-íris.
Os indicadores da Psico podem mostrar que os jovens estão mais seguros pela Psico... ou podem mostrar que não ousam arriscar-se... ou podem indicar que são só números, nada mais que isso. Que estão todos psicólogos mas bebendo do pote de ouro no final dos arco-íris que se espalham por aí.
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Obrigada. Por um mundo mais solidário!