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A beleza da Teoria das Representações Sociais

Outro dia, um ex orientando meu, me pareceu meio sem rumo teórico. Se interessou pela TRS logo que comecei a falar sobre ela... cresceu seu  interesse, escreveu sobre ela, utilizou-a em neles trabalhos. Quando percebi que ele parecia desanimado, e me pareceu que ele estava desanimado com a vida acadêmica como um todo, escrevi algo pra ele, e gostaria de compartilhar aqui com vocês. Já elaborei um pouco mais em cima. Segue o texto:

A TRS é a base da compreensão dos fenômenos psicossociais. No meu entendimento, é preciso reconhecer q representamos, e q nossas representações não são coisa só da nossa cabeça e nem do coletivo. Elas se constituem na relação. Algo difícil d entender. Mas em simples palavras, sou o que sou porque sou eu e tu ao mesmo tempo, sempre lutando para se diferenciar (tem muita psicanálise aí!). Então, eu não consigo fazer psicologia sem esse pressuposto. 

Agora, a TRS não dá conta de td. Por isso, trabalho com outras teorias. Invisto mto na TRS pq não quero que esse pressuposto básico seja engolido e esquecido tanto pelo relativismo qdo pelo positivismo. O simples fato da TRS não ter entrada nos EUA já me dá incentivo pra valorizar a TRS.  Eles não conseguem entendê-la, e o sistema deles é uma cápsula que inviabiliza uma psicologia social crítica, à lá Brasil. Sim, tem gente da TRS q pensa esquisito, ou pensa duro ou até não pensa.  Mas em qual teoria isso não acontece? Já parou pra pensar que na Cognitivo basicamente só entra cognitivistas? Na psicanálise, tradicionalmente, só entra psicanalista? Na esquizo só Deleuzianos ? etc A beleza da TRS é q ela, nas suas diferentes vertentes, acolhe a todos. É uma teoria “puta” (no sentido que vai com todo mundo), mas é também uma Puta teoria! 

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